Príncipe retrata uma geração esquecida.

Uma cidade, no convés da reabilitação internacional

onde João se passeia em torno de um fervilhante desejo de partida.

 

 

Portugal / 2019 / côr / 10’30’’ / 2K
Linguagem: Português

 

NOTA DE AUTOR

Príncipe retrata uma cidade esquecida. Um espaço, no convés da reabilitação internacional.

No filme, um princípio de monotonia envolta a personagem principal, João, que viaja em torno de um romance imobilizado. O desejo de “fuga” preenche o subconsciente coletivo da sua geração; em contexto, as relações que estabelece, tornam-se fragmentos de um pensamento volátil. Entre espaços exploratórios, a personagem confronta os seus mais ilícitos movimentos, numa região limitada por fronteiras invisíveis. No limiar dos seus objetivos, a geografia do espaço, em analogia às personagens, está em constante transformação; descomprometida da virtuosa extensão do tempo definido: o tempo como matéria de sensações abstratas e descomprometidas.

NOTA DE AUTOR

A curta-metragem nasce como uma carta de despedida a uma inevitável separação. A movimentação juvenil de um Portugal sem futuro comprova um pensamento coletivo de constante euforia. A pessoalidade agregada à fábula narrativa vive dentro das matérias associadas à cidade e à respetiva educação geográfica que me acompanhou desde que nasci.

NOTA DE AUTOR

Esta, que me viu crescer dentro dos seus limites espaciais, invoca, por características inócuas, a constante referência ao sonho. Um sonho de fuga, para um local que se associa à subjetividade emocional de uma geração inquieta.

NOTA DE AUTOR

Em protesto, a indefinição de tempo, afiliado ao desejo, acompanha todas as personagens. Este fragmento de matéria visual, tal como as outras características do argumento, pode ser interpretado sobre múltiplas questões impostas no já referido conflito. A figura principal, que em contestação, esquiva-se da ideia de permanência, encontra, no coração do espaço urbano, um foco de amor imobilizado. O constante sentimento de rebeldia que acompanha a relação sexual das duas personagens masculinas é material de observação sobre esse pensamento fugaz.

REALIZADOR

João Monteiro nasce no Porto, em 1996. No ensino secundário frequenta a Escola Artística de Soares dos Reis com especialização em Comunicação Audiovisual. Em 2014, viaja para Londres onde concretiza o Foundation Course da London College of Communication, especializado em Cinema.
Em 2015 regressa para ingressar na Escola Superior Artística do Porto. Aqui, é realizador de duas curtas-metragens, com apoios do ICA – Instituto do Cinema e do Audiovisual: No Fim do Mar (2018), finalista dos Prémio SOPHIA 2019 e José (2019), vencedor do Grande Prémio MIFEC: Mostra Internacional de Filmes de Escolas de Cinema. Em conjunto, Monteiro marca presença em vários festivais de cinema do panorama nacional e internacional como por exemplo o FANTASPORTO (Portugal), o Curtas Vila do Conde International Film Festival (Portugal), o FEST: New Films New Directors Film Festival (Portugal), o Salón Internacional de la Luz (Bogotá, Colômbia), o IBAFF: Festival Internacional de Múrcia (Espanha) e o Oaxaca FilmFest (Mexico).
No presente, após experiências profissionais com o FITEI - Festival Internacional de Expressão Ibérica e a produtora de  cinema PIXBEE, realiza a sua terceira curta-metragem, igualmente financiada pelo ICA - Instituto do Cinema e o Audiovisual, Príncipe.

 

FICHA TÉCNICA

Escrito e realizado por
Com
Direção de Fotografia
Produção Executiva
Produção
Direção de Som
Assistente de Imagem
Maquilhagem
Banda-Sonora Original
Montagem
Colorização
Guarda-roupa
Bicicletas
Apoio Instituição

 

João Monteiro
Nuno Nolasco, José Leite, Mariana Guarda e Sara Gonçalves
André Amaral
Pedro Magano
Maria Moreira e Tânia Teixeira
Filipe Alves
Bruno Teixeira
Alexandra Coelho
Pedro Marques
João Monteiro
André Amaral e João Monteiro
Ornitorrinco
Afacycle
Escola Superior Artística do Porto

 

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