13, Junho 2019

NOVO TRABALHO: VIDEOCLIP DE LUCA ARGEL

A propósito do 77º aniversário de José Mário Branco, a editora discográfica Valentim de Carvalho lançou, a 24 de maio, “Um disco para José Mário Branco”. Luca Argel é um dos artistas presentes no álbum, com a sua versão do tema “Queixa das Almas Jovens Censuradas”.

“Queixa das Almas Jovens Censuradas” revela-se tão actual, como em 1971, ano em que foi originalmente lançado no álbum “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades”. Por isso, a Valentim de Carvalho desafiou a Pixbee a criar um videoclip para a nova versão de Luca Argel, com imagens da Manifestação de Setembro de 2012, que decorreu no Porto. Ainda bem presentes na memória de todos, os protestos tiveram a adesão de centenas de milhares de pessoas que, de norte a sul do país, manifestaram-se contra a troika e o governo da altura.

Com diversas imagens em arquivo da Manifestação de Setembro de 2012, a Pixbee criou o videoclip que traduz o sentimento pretendido para a reinterpretação de Luca Argel. Como explica o realizador Pedro Magano, a intenção foi a de “regravar as imagens de 2012 com prismas, refratá-las e criar ruído”, para integrar o músico “num ambiente vazio, em vácuo, quase negro”. Depois, foi necessário voltar às ruas do Porto, “gravar os rostos de várias pessoas, para cimentar que a mensagem [do tema “Queixa das Almas Jovens Censuradas”] é transversal a todas as gerações”.

«A primeira lembrança que tenho a respeito dele [José Mário Branco] é a de uma figura política, cuja integridade e generosidade conquistaram, de forma arrebatadora, os corações dos primeiros amigos portugueses que fiz, ao chegar à cidade. (…) Eu, portanto, já tinha por ele muita estima, quando fui finalmente ouvir sua música. E, a partir de hoje, serei eu a contar orgulhoso, repetidas vezes, a história, não de quando assisti a Zé Mário, mas de quando o cantei.» - Luca Argel

 

FICHA TÉCNICA

Realização, Pedro Magano
Produção, Pedro Sá
Direção Fotografia,Pedro Magano
Operação de Câmara,Jorge Costa
Edição, Zé Pedro
Pós-Produção, Zé Pedro